URGÊNCIAS PEDAGÓGICAS: A FUNÇÃO DAS PROFESSORAS E PROFESSORES EM TEMPOS DE PANDEMIA
Profº Cláudio
Correia de Oliveira Neto
Mestre em História
- UFRN
Especialista em
Educação de Jovens e Adultos – IFRN
Historiador – UFRN
O
filosofo e educador francês Edgar Morin tem uma celebre obra “A cabeça
bem-feita” , expressão usada pelo autor para sintetizar a ideia de pessoas
formadas para usar as informações, competências e habilidades que tem em prol
de si e da comunidade. A metáfora da cabeça bem-feita é contra posta a da
cabeça bem-cheia, pessoas formadas para acumular informações e que acabam sem
saber como usa-las em prol de si e da comunidade. Minha pergunta para você colega
educador e educadora é: tuas aulas remotas estão ajudando a formar cabeças
bem-feitas ou cabeças-cheias?
Na
luta pelas escolas na pandemia , o abre ou deixa fechado, os que defendem a
reabertura antes da certeza de segurança biológica (vacina) e até mesmo os que
lutam para manter as escolas fechadas, usam como argumento ou lamentam a perda
de conteúdos escolares. Há certo fetichismo em relação aos conteúdos escolares,
tão disputados quanto a própria escola ou creio que até mais. Mas não, os
alunos não estão perdendo conteúdos escolares até porque isto ele pode
encontrar onde quiser hoje em dia em clique, basta quer. Os estudantes estão
perdendo na verdade oportunidades de estimulo ao desenvolvimento de habilidades
básicas que são alcançadas graças a engenharia intelectual de milhões de
professoras e professores que trabalham incansavelmente para criar experiências
que propiciem a aprendizagem, levando aos estudantes ao desenvolvimento. Então
se preocupe menos em conteúdos escolares “pseudoperdidos” e mais em como
construir experiências mínimas que garantam aprendizagem e gerem
desenvolvimento. É hora de abrir “mão do conteúdo”. Esquece por enquanto as
aulas, foca em experiências, mas não qualquer experiência, sim as experiências
que os tempos de pandemia exigem: entretenimento e informação.
Você
tem duas grandes possibilidades (pode escolher uma ou as duas ou intercalar ou
criar uma terceira via – inclusive apoio) a de ser professor/professora
animador/animadora ou professor/professora comunicador/comunicadora.
O
perfil animador/animadora foca na necessidade de entretenimento dos estudantes
na pandemia e cria experiências educacionais divertidas e que ensinam sem que o
aluno note. Ele/Ela pode criar um GIF animado, um meme, lista com dica de
filmes/séries/animes/jogos, jogos, desafios, vídeos qualquer produto que ensine
e divirta.
O
perfil comunicador/comunicadora foca na necessidade de informação dos
estudantes na pandemia e cria experiências educacionais de difusão de
informações que ensinam sem que o aluno note. Ele/Ela pode criar podcasts,
infográficos, faz divulgação cientifica nas redes sociais, checa informações,
recomenda fontes seguras de informações, qualquer produto que ensine e informe.
Se
você quiser comenta aqui embaixo que eu faço um post para cada perfil ensinando
como produzir cada um dos produtos.
A
ideia de ambos os perfis é construir experiências mínimas que garantam
aprendizagem e gerem desenvolvimento em prol de si e da comunidade. Óbvio que
são sugestões, não sou Moisés descendo do monte com a tabua dos mandamentos. Como
já afirmei no post passado não pretendo
prescrever milagres, mas provocar a mente e com sorte (e fé) gerar ações.
Até
a próxima URGÊNCIA PEDAGÓGICA - A FUNÇÃO DOS/DAS ESTUDANTES EM TEMPOS DEPANDEMIA.
Muito bom!
ResponderExcluirEu gostaria dos dois perfis.
Já estou providenciando! 😉
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